EBD: Lição 04 - Davi e o Tempo de Deus em Sua Vida


Leitura Bíblica em Classe


1 Sm 24.6


Do ponto de vista Teológico, toda a discussão que envolve a questão de “tempo” é muito importante, sobretudo quando se sabe que há abundantes menções da expressão em toda a Bíblia, principalmente relacionada ao cumprimento de determinadas profecias (Jr 31.1; 33.15; 46.21; 50.4,27, 31, etc.). É o que se conhece como “tempo de Deus”, ou seja, o momento em que o Eterno realizará o cumprimento de determinada promessa. Em sentido pleno, todo o tempo pertence a Deus, pois Ele não apenas o precede (Is 43.13; Dn 7.9), transcende (Sl 90.4), mas também o criou (Gn 1) e domina (Sl 74.16), entretanto, quando se fala em “tempo de Deus, o que se quer assinalar é a sua intervenção direta em ocasiões especificas (principalmente as vaticinadas e preditas), as quais demonstram de maneira explícita sua soberania. Poderia, com razão, se perguntar; “Há algum momento, por mais fortuito que seja, que escapa à sua soberania?” Evidentemente que não!


Davi contrariou a regra humana da impaciência é preciso que admiremos ainda mais a sua biografia, pois ele esperou com paciência (Sl 40.1), Sendo perseguido por aquilo que via (o trono de Israel ocupado, visivelmente por alguém caído), e isso é um problema para o ser humano (Rm 8.24). Acredito até que Davi foi ungido aos 12 anos, a “espera dos dezoito anos” é absolutamente normal, mesmo porque não havia condições humanas (não divinas ou sobrenaturais) de ele ser respeitado como líder da nação.  Se o Eterno fizesse Israel aceitá-lo nesta época, com certeza o comportamento da maioria seria semelhante ao de Golias que certamente pensou: “Mandaram uma criança? Não tem um homem para lutar comigo?”.


Davi esperou o “tempo de Deus” porque sabia que tal momento aconteceria em sua vida, não como algo independente e à parte de seu livre-arbítrio, mas como o cumprimento do propósito de sua existência; “Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.13-16). Eis o sentido da existência para o judeu: executar o projeto de Deus para a sua vida.

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