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EBD: Lição 03 - A glória das duas alianças

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PLANO DE AULA


 1. OBJETIVOS DA LIÇÃO


- Conscientizar o aluno de que a glória da Antiga Aliança desvaneceu mediante a glória superior revelada em Cristo Jesus


- Distinguir as duas alianças


- Compreender a superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga


 2. CONTEÚDO


Texto Bíblico: 2 Co 3.1-11


 Começaremos nossa abordagem definindo os dois termos chaves desta Lição, que são "Glória" e "Aliança".


 A DEFINIÇÃO DO TERMO "GLÓRIA"


No Antigo Testamento, encontramos no hebraico bíblico as seguintes palavras para "glória":


 - 'adar. Glória, magnificência; manto, capa. Esta raiz possui a conotação daquilo que é superior a alguma outra coisa, e que por conseguinte, é majestoso. O termo pode ser um empréstimo do ramo norte-cananeu. O fenício confirma 'adar como verbo (ser poderoso) e substantivo (nobre, de classe superior). No ugarítico 'dr significa classe alta ou poderoso. Esta raiz é frequentemente usada para se referir à glória, à majestade e ao poder de Deus (Êx 15, 1 Sm 4.8, Sl 136.18, Sl 8.1-2, Sl 93.4, Sl 76.4-5).


 - hadar. Ornamento, esplendor, honra. O substantivo hadar é associado: 1) à glória da natureza à medida que reflete a bondade de Deus (Lv 23.40; Sl 111.3; Is 35.2); 2) ao homem (Is 53.2; Sl 8.6; 3) às cãs dos idosos (Pv 20.29); 4) à esposa ideal (Pv 31.25); 5) a cidades (Is 5.14; Lm 1.6; Ez 27.10). Com maior frequência o termo se aplica a um rei e à sua majestade real (Sl 45.3; Dn 4.34) ou ao próprio Deus (Sl 29.34; 90.16; 96.6).


 - hod. Esplendor, majestade, vigor, glória, honra. Este substantivo é usado como característica ou atributo de um homem (Nm 27.20; Pv 5.9; Dn 10.8, Os 14.7; Jr 22.18), de animais (Jó 39.20; Zc 10.3), de plantas (Os 14.7). Se relaciona também a majestade e à glória de Deus (Sl 8.2; 148.13; 145.4; 104.1; Is 30.30; Zc 6.13).


 - kabod. Glória. Esse termo manifesta a beleza imutável do Deus manifesto (Sl 145.5). Sendo assim, kabod assume o sentido de "manifestação visível de Deus (Êx 16.10; 40.34; Ez 9.3). Esse significado ganhou força, ao ponto do termo grego doxa, que nos clássicos latinos tinha a idéia de opinião dos homens, passar a significar algo absolutamente objetivo na LXX e no NT. As manifestações de Deus (de sua glória) se relacionam diretamente com a sua auto-revelação, com o seu desejo de habitar com os homens, de tornar conhecido aos homens o seu esplendor. Seu esplendor e presença real manifestou-se ao máximo em Jesus, o Verbo que se fez carne: "E vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1.14).


 No Novo Testamento, e em especial no texto de 2 Co 3.1-11, nos versículos 7, 8, 9 e 11, o termo utilizado para "glória" é doxa: esplendor, glória, reputação, honra, louvor.


O significado de "pompa", "poder", "majestade terrena", se fundamenta no Antigo Testamento (conforme os termos em hebraico aqui analisados). Acima de tudo, doxa espressa a glória e o poder de Deus (Sl 24.7; 29.3; Is 42.8). Quando aplicada a Ele, não significa Deus em sua natureza essencial, mas a manifestação luminosa da Sua pessoa, Sua gloriosa revelação de Si mesmo.


Glória é manifestação, presença e intervenção objetiva de Deus.


Como bem colocado por Richards (2008, p. 310-311), Paulo não está afirmando que a Antiga Aliança não possuía glória (presença de Deus, louvor, honra, poder), mas que a Nova Aliança supera em glória a Antiga Aliança. Na Antiga Aliança Deus manifestou a sua presença para os crentes, na Nova Aliança ele manifesta a sua presença dentro dos crentes.


 A DEFINIÇÃO DO TERMO "ALIANÇA"


Conforme o pasto Claudionor de Andrade, em seu Dicionário Teológico, (1998, p. 35) Aliança pode ser definida como: "um acordo firmado entre Deus e a família humana, através do qual Ele promete abençoar os que lhe aceitam a vontade e guardam os seus mandamentos. A base das alianças é o amor divino. É um compromisso gracioso da parte de Deus, pelo qual Ele concede-nos favores imerecidos. Pelo que recebemos do Eterno, até parece que as alianças bíblica são unilaterais. Oferece-nos tanto o Senhor; e, nós, tão pouco a entregar-lhe. Mas, é justamente neste ponto, que a graça revela todo o seu esplendor."


 O Dicionário Bíblico de Wycliffe (2006, p. 61) define aliança como: "um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias." Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit.


 Scofield, em sua Bíblia de referências e anotações, define aliança, e faz uma abordagem sobre o tema da seguinte forma:


 "Uma aliança é um pronunciamento soberano de Deus através do qual Ele estabelece um relacionamento de responsabilidade 1) entre Ele mesmo e um indivíduo (por exemplo, com Adão na Aliança Edênica, Gn 2.16 e segs.), 2) entre Ele mesmo e a humanidade em geral (por exemplo, na promessa da Aliança Noética de nunca mais destruir toda a carne com um dilúvio, Gn 9.9 e segs.), 3) entre Ele mesmo e uma nação (por exemplo, com Israel na Aliança Mosaica, Êx 19.3 e segs.), ou 4) entre Ele mesmo e uma família humana específica (por exemplo, com a casa de Davi na promessa de uma linhagem real perpetuada na Aliança Davídica, II Sm 7.16 e segs.) A aliança de uma determinada categoria pode pode sobrepor-se às outras; por exemplo, a Aliança Davídica, onde foi prometida uma contínua casa real com bênçãos finais, não só a Davi, mas, também a todo o mundo no Reino de Jesus Cristo. As alianças são normalmente incondicionais no sentido de que Deus se obriga em graça, pela declaração irestrita, "Eu farei", a realizar certos propósitos anunciados, apesar de qualquer fracasso da parte da pessoa ou do povo com o qual Ele realiza a aliança. A reação humana ao propósito divinamente anunciado sempre é importante, levando como o faz à benção pela obediência e à disciplina pela desobediência. Mas o fracasso humano jamais revogou alguma aliança ou impediu o seu final cumprimento. [...] São oito as principais alianças de significação especial que explicam o resultado dos propósitos de Deus para com o homem. São: a Edênica (Gn 2.16); a Adâmica (Gn 3.15); a Noética (Gn 9.16); a Abraâmica (Gn 12.2); a Mosaica (Êx 19.5); a Palestiniana (Dt 30.3); A Davídica (II Sm 7.16); e a Nova Aliança (Hb 8.6-8)."


 Segundo ainda Scofield, quando o assunto e a superioridade da Nova Aliança, ele coloca:


 "A Nova Aliança, a última das oito grandes alianças das Escrituras, é 1) "melhor" do que a Aliança Mosaica (Êx 19.5), não moralmente mas em eficácia (Hb 7.19; Rm 8.3-4). 2) Está estabelecida sobre promessas "melhores" (isto é, incondicionais). Na Aliança Mosaica, Deus disse: "Se..." (Êx 19.5); na Nova Aliança, Ele diz "Eu farei..." (Hb 8.10-12). 3) Sob a Aliança Mosaica, a obediência brotava do temor (Hb 2.2; 12.25-27); sob a Nova, ela brota de um coração e uma mente dispostos (Hb 8.10). 4) A Nova Aliança garante a revelação pessoal do Senhor a cada crente (v. 11). 5) Ela assegura esquecimento completo dos pecados (v. 12; 10-17, comp. 10.3). 6) Ela repousa sobre uma redenção consumada (Mt 26.27-28; 1 Co 11.25; Hb 9.11-12, 18-23). "


 O termo grego diatheke, pode ser traduzido por "pacto", "testamento" ou "aliança".


 A Bíblia de Estudo DAKE, nas páginas 1866 e 1867, apresenta 85 contrastes entre a antiga e a nova aliança. A leitura crítica, a apresentação e a discussão destes contrastes enriquecerá em muito a Lição em estudo.


 A Bíblia de Estudo Pentecostal, em seu Estudo Doutrinário sobre "O Antigo e o Novo Concerto", baseado em Hb 8.6, oferece também um bom recurso conceitual.


Fonte: http://www.altairgermano.com/2010/01/gloria-das-duas-aliancas-subsidio-e.html

EBD, 1° trimestre de 2010 abordará 2° Coríntios: A defesa do ministério

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Segue abaixo os temas da Lição Bíblica de Jovens e Adultos do 1º Trimestre de 2010, que trará um estudo geral na 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios:



A Defesa do Apostolado de Paulo;
- O Consolo de Deus em Meio à Aflição;
- A Glória do Ministério Cristão;
- A Glória das Duas Alianças;
- Tesouros em Vasos de Barro;
- O Ministério da Reconciliação;
- Paulo, um Modelo de Líder Servidor;
- Exortação à Santificação;
- O Princípio Bíblico da Generosidade;
- A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo;
- Características de um Autêntico Líder;
- Visões e Revelações do Senhor;
- Solenes Advertências Pastorais;

Comentarista: Pr. Elienai Cabral
Consultores Doutrinários: Pr. Antonio Gilberto e Pr. Claudionor de Andrade

Mais informações: http://www.cpad.com.br/

EBD: Lição 07 - A expansão do Reino Davídico

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Texto Bíblico: 2 Samuel 5.6-10

A Primeira ação de Davi como rei foi um golpe de engenhosidade política. Nem Maanaim, onde Isbosete havia reinado, nem Hebrom, que havia sido capital de Judá, eram adequadas para ser a capital da nação. A primeira ficava na Transjordânia, fora da própria terra da Palestina; a segunda estava longe, ao Sul, identificada muito mais com a tribo de Judá. Assim Davi e seus homens vieram a Jerusalém, uma antiga cidade jesubita, situada no sul de Benjamim, mas não distante da fronteira norte de Judá. Ela fica em um planalto da região montanhosa, aproximadamente 32 quilômetros a oeste da extremidade norte do mar Morto. O terreno é fortificado pela própria natureza de tal maneira que, em tempos antigos, foi capaz de resistir a longos cercos. Embora situada no coração da Palestina, a cidade então chamada de Jebus – jamais fora conquistada pelos Israelitas, e era ocupada por uma Tribo cananita conhecida como “jebuseus”.


A guarnição de defesa de Jerusalém era tão confiante, e sentia-se tão segura, que seus líderes insultaram a Davi com palavras que deveríamos provavelmente traduzir como: “Não podes entrar aqui, porque até mesmo os cegos e os coxos podem repelir os teus ataques”. Sua exultação duraria pouco, pois os homens de Davi logo anularam as defesas e entraram na fortaleza. A referência ao canal, mais propriamente, ao túnel de água, não está inteiramente clara, mas pode fazer referência a um duto não vigiado através do qual os soldados de Davi foram capazes de rastejar, e passaram dessa forma pelas meticulosas defesas. Tem sido sugerido que o sistema de água descobertos pelos arqueólogos do Fundo de Exploração da Palestina, pouco depois de 1922, pode ser identificado a entrada. Este sistema consistia de um poço ligado a um túnel vertical que levava a uma fonte do lado de fora dos muros. O texto em 1 Crônicas 11.4-7 identifica Joabe como capitão que conduziu ousada expedição. O insulto dos jebuseus fez sugerir o provérbio: Nem cego nem coxo entrarão na casa.


Um nome familiar por todo o restante do Antigo Testamento é encontrado pela primeira vez aqui. Sião (v.7) era o monte sobre qual a fortificação dos jebuseus estava situada, e, posteriormente, se tornou o local para onde Davi levou a Arca da Aliança. O nome foi mais tarde estendido para incluir toda a área do Templo, e o monte Sião tornou-se um deleite e a alegria do povo de Deus ao longo dos séculos. Esta se tornou conhecida como a Cidade de Davi.


Depois, Davi parte em rota de colisão contra os poderosos filisteus no vale de Refraim e, a seguir, dirige-se contra Gate (1 Cr 18.1), culminando na completa desorganização filisteia  (2 Sm 5.17-25). Enquanto enfrentava as ameaças fronteiriças, Davi fortificava-se diplomaticamente com outras nações. Estabelece alianças com Hirão, rei de Tiro (2 Sm 5.11; 1 Cr 14), e Tói, rei de Hamate (2 Sm 8.10). Contudo ao tentar fazer aliança com os amonitas, estes, desdenham o acordo, e contratam mercenários siros para pelejarem contra Israel. Essa malfadada atitude dos amonitas culminou em sua completa derrota (2 Sm 8.10).

EBD: Lição 06 - Davi Unifica o Reino de Israel

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Texto Bíblico: 1 Samuel 16.1,12,13; 2 Samuel 5.2

Dois incidentes que merecem a nossa atenção na trajetória de Davi rumo à unificação do reino são as mortes de Abner, comandante das tropas de Saul, e posteriormente de Isbosete, filho de Saul. Quando já proclamado rei pela casa de Judá, Davi dá sinais de aproximação das outras tribos quando enviou uma comitiva a Jabes-Gileade parabenizando-o pelo gesto humanitário que tiveram com Saul (2 Sm 2.5-7). A intenção de unificação demonstrada por Davi é vista nas suas palavras que a comitiva levou a Jabes-Gileade: “Esforcem-se, pois, agora as vossas mãos, e sede homens valentes, pois Saul, vosso Senhor, é morto, mas também os da casa de Judá já me ungiram a rei sobre si” (2 Sm 2.7).


A existência de dois reis, um em Hebron e outro em Maanaim, gerou uma guerra civil, levando os homens de Davi e Isbosete a se enfrentarem numa batalha sangrenta (2 Sm 2.12-17). Nessa batalha Davi saiu vencedor. A unificação fica mais próxima quando Abner, comandante do exército de Isbosete, se desentende com ele e procura Davi, reconhecendo ser este o legítimo herdeiro do trono (2 Sm 3.9,10). Os preparativos para a unificação já estavam em andamento quando Joabe, comandante das tropas de Davi, mata por vingança a Abner (2 Sm 3.20-22). O incidente colocou Davi numa posição delicada, já que poderia ser acusado de ter conspirado contra a vida de Abner. Numa postura firme para demonstrar sua inocência diante do incidente, Davi amaldiçoa Joabe por seu ato traiçoeiro (2 Sm 3.28,29). Em um momento delicado como esse Davi não podia deixar que nenhuma dúvida pairasse sobre sua integridade. Se ele estava no trono foi por desígnio divino, e não por resultado de alguma armação. Davi convocou um luto geral, e ele mesmo seguiu o corpo de Abner em seu sepultamento em Hebrom. “Rasgai as nossas vestes, cingi-vos de panos de saco, os sinais de profunda tristeza”(2 Sm 3.31). Por não suspeitar do mal, Abner não fez qualquer tentativa de defesa ou fuga. O luto continuou com um jejum por todo o dia, observado tanto pelo rei como pelo povo. A conduta e a evidente sinceridade do rei deixaram claro para todas as tribos de Israel que a morte de Abner não foi determinada por ele.


A ocorrência desses incidentes e como Davi se portou diante dos mesmos são de extrema importância no processo de restauração do reino. A história de Davi deixa claro que fora colocado no trono por Deus, e não pelo homem. Ele sabia que para crescer e unificar seu povo não necessitava matar ninguém. Infelizmente, alguns para crescer acreditam ser necessário matar os outros.


Tendo morrido Abner e Isbosete, os anciãos de Israel procuraram Davi e lembraram-lhe da promessa que o Senhor lhe fizera: “Somos do mesmo povo que tu és. Outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu que fazias entradas e saídas militares com Israel; também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e será chefe sobre Israel” (2 Sm 5.1,2). Com esse gesto, os anciãos de Israel demonstraram serem sabedores de que a unção real estava de fato sobre Davi e, portanto, não havia razão para se postergar ainda mais a sua escolha como líder de toda nação (2 Sm 5.3). Com a coroação de Davi sobre todo o Israel, o reino finalmente estava unificado.


Fonte: http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_006.htm

EBD: Lição 05 - Davi e sua Equipe de Liderados

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Texto Bíblico: 1 Crônicas 11.10-12, 20, 22,24,25





Quem lidera influencia pessoas à sua volta. A capacidade de envolver as pessoas em projetos, trabalhos e fazer com que elas cheguem ao fim desejado são uma forma adequada de influenciar.


Líderes segundo o coração de Deus não escolhem a si mesmos. São escolhidos por Deus. Não podem ser usados por Deus aqueles que se autoproclamam escolhidos por Deus sem que Deus os tenha escolhido. Davi não buscou ser ungido de forma forçosa ou por meios políticos. Nem o poderia. Ele era um pastor de ovelhas, sem conhecimento de ninguém na corte.


No capítulo 11 de I Crônicas relata que o rei Davi prosperou em seu reinado. Por quê? “E ia Davi cada vez mais aumentando e crescendo, porque o Senhor dos Exércitos era com ele”.


Entre os traços de um líder segundo o coração de Deus encontramos a prudência. Isso implica ter comedimento em tudo o que se faz. Após ter matado o gigante, Davi é louvado pelas mulheres e atrai o ciúme de Saul. O rei o temia não porque o moço havia matado um gigante, mas porque “o Senhor era com ele”. Saul não podia suportar o fato de o Senhor estar com Davi, de forma que o afastou de si, colocando ao seu comando mil homens. Davi deveria fazer operações militares com aquele grupo. O objetivo de Saul era claro: colocar Davi em situações arriscadas para que morresse. O problema de Saul reside no fato de que Davi tinha êxito em tudo que fazia, e se conduzia com prudência. Não era afoito em suas decisões. Avaliava tudo cautelosamente, procurando sempre o melhor caminho. Ele esperava que Deus o orientasse sempre. Ser prudente foi tão importante para Davi que em todas as ocasiões em que Saul buscou eliminá-lo, Deus o livrou.


Ouvir é muito difícil. É uma habilidade que poucas pessoas possuem, mas que é igualmente importante para a liderança, e que deve ser desenvolvida. Davi foi beneficiado por ouvir Abigail (1 Sm 25.32-34). Se não fosse aquela mulher, ele teria feito justiça com as próprias mãos. De que adiantaria poupar a vida de Saul na caverna de Adulão e matar Nabal depois? Davi deixaria de incorrer em um erro para dar vazão ao mesmo erro, mas em outra ocasião e com outra pessoa. Mas por saber ouvir, não manchou suas mãos com sangue inocente.


Manter sob controle um grupo de pessoas de bem não é muito complicado. Temos leis em nossa cidade que fazem o papel limitado de nossas atitudes em relação ao nosso próximo, e o histórico de quem lideramos nos permite avaliar o potencial de cada um ao longo do tempo. Mas o que dizer de liderar um grupo de pessoas atribuladas? Junte em um ambiente hostil, dentro de uma caverna, 400 homens desgostosos da vida, que fugiram de sua terra por dívidas contraídas e não quitadas e outros assuntos não resolvidos. Esses eram homens que não pensariam duas vezes em puxar uma arma para se defender. Ei aí a companhia que Davi teve quando fugiu de Saul ( 1Sm 22.2).


Esses eram homens que Deus deu a Davi para liderar. E Davi o fez com maestria. Ele fez com que esses homens tivessem um senso de companheirismo e devoção a Deus. Quando estavam na caverna de Adulão, ele teve a oportunidade de se livrar de seu maior inimigo (Saul), mas não o fez, O melhor disso é que Davi inspirou tanta confiança em seus homens que os convenceu a não matarem Saul. Apenas um líder influente modifica o comportamento de seus companheiros no calor de uma suposta oportunidade de beneficio e finalização de problemas.



Bibliografia:


COELHO, Alexandre. et. al. Davi, As Vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.


DEVER, MARK. A Mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

EBD: Lição 04 - Davi e o Tempo de Deus em Sua Vida

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Leitura Bíblica em Classe


1 Sm 24.6


Do ponto de vista Teológico, toda a discussão que envolve a questão de “tempo” é muito importante, sobretudo quando se sabe que há abundantes menções da expressão em toda a Bíblia, principalmente relacionada ao cumprimento de determinadas profecias (Jr 31.1; 33.15; 46.21; 50.4,27, 31, etc.). É o que se conhece como “tempo de Deus”, ou seja, o momento em que o Eterno realizará o cumprimento de determinada promessa. Em sentido pleno, todo o tempo pertence a Deus, pois Ele não apenas o precede (Is 43.13; Dn 7.9), transcende (Sl 90.4), mas também o criou (Gn 1) e domina (Sl 74.16), entretanto, quando se fala em “tempo de Deus, o que se quer assinalar é a sua intervenção direta em ocasiões especificas (principalmente as vaticinadas e preditas), as quais demonstram de maneira explícita sua soberania. Poderia, com razão, se perguntar; “Há algum momento, por mais fortuito que seja, que escapa à sua soberania?” Evidentemente que não!


Davi contrariou a regra humana da impaciência é preciso que admiremos ainda mais a sua biografia, pois ele esperou com paciência (Sl 40.1), Sendo perseguido por aquilo que via (o trono de Israel ocupado, visivelmente por alguém caído), e isso é um problema para o ser humano (Rm 8.24). Acredito até que Davi foi ungido aos 12 anos, a “espera dos dezoito anos” é absolutamente normal, mesmo porque não havia condições humanas (não divinas ou sobrenaturais) de ele ser respeitado como líder da nação.  Se o Eterno fizesse Israel aceitá-lo nesta época, com certeza o comportamento da maioria seria semelhante ao de Golias que certamente pensou: “Mandaram uma criança? Não tem um homem para lutar comigo?”.


Davi esperou o “tempo de Deus” porque sabia que tal momento aconteceria em sua vida, não como algo independente e à parte de seu livre-arbítrio, mas como o cumprimento do propósito de sua existência; “Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.13-16). Eis o sentido da existência para o judeu: executar o projeto de Deus para a sua vida.

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EBD: Lição 01 - Davi e sua vocação

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Leitura Bíblica em Classe
1 Samuel 16.1,3,10-13


A figura de Davi aparece, sem ter seu nome mencionado no primeiro livro de Samuel por meio de uma indicação divina ao profeta. Em 1 Samuel 16.1, quando Deus diz a Samuel onde buscar o futuro rei, são  mencionados cinco nomes próprios, sendo que o do escolhido não é mencionado: “Então, disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche o teu vaso de azeite e vem; enviar-te-ei  Jessé, o belemita: porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei”.


Deus diz onde Samuel deve buscar o futuro rei, mas não diz o seu nome. É provável que o Senhor, conhecendo que Samuel avaliaria a vocação para o reino a partir da aparência dos filhos mais velhos de Jessé, tenha ocultado do profeta o nome daquele que seria ungido. Como se diz, vivendo e aprendendo. Samuel, o velho profeta, aprenderia que Deus não se deixa levar pelas aparências, mas que olha para o coração. Isto significa que não possamos cuidar de nossa aparência física, mantendo o corpo asseado, bem cuidado e saudável, e sim que aos olhos de Deus, o que somos por dentro conta mais do que o que aparentamos por fora.


A forma com que Samuel imaginou de que modo Deus agiria  se repete em nossos dias. Este é um fato que acontece ainda hoje em nossos grupos de relacionamentos. Medimos uma pessoa pelo que consideramos aparente: títulos conquistados ou alegados, forma como se veste, carro com que costuma circular, conta bancária e sobrenome. Mas observe que Deus faz uma avaliação diferenciada. Ele via o coração do Jovem pastor, que nos momentos de solidão, junto às ovelhas, estava orando, louvando e mantendo comunhão com Deus.


Com a rebeldia de Saul em obedecer ao Senhor, e com o coração de Samuel inclinado aos rogos pelo monarca, Deus questiona o profeta quanto a sua visão do que estava acontecendo. Samuel sentia pena de um líder que não tinha mais condições de permanecer onde fora colocado por Deus. Nas palavras de Walter Vogels, o Senhor se queixa com Samuel: ‘“Até quando... ‘. Samuel continua chorar Saul, o que estabelece a relação com o relato precedente que menciona os choros de Samuel no último versículo (15.35). Estes choros contrastam com o projeto divino: ‘... então o rejeitei’ (16.1). Samuel não pode permanecer ligado a esse passado, superado a partir deste momento. É preciso que vá adiante”. Saul havia sido rejeitado por sua contínua desobediência, e em meio a essa crise de liderança Deus viu no adolescente Davi o próximo rei de Israel.


Ao final Davi foi nomeado. Era o filho mais jovem de Jessé. O seu nome significa “amado”; era um tipo do amado Filho de Deus. Parecia que Davi era o menos importante dentre os filhos de Jessé. Porém, o Espírito do Senhor veio sobre ele deste dia em diante. A sua unção não foi uma cerimônia vazia; um poder divino veio com este sinal que foi instituído; ele se encontrou imediatamente com grande sabedoria e valor, com toda a capacidade de um príncipe, ainda que o seu desenvolvimento não se devesse a circunstâncias externa. Este fato confirmava que a sua escolha fora feita por Deus. A melhor evidência de ser escolhido para o reino da glória é o fato de ser selado com o Espírito da promessa, e experimentar uma obra de graça no coração.


Bibliografia:


HENRY,Mathew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD,2003.


GONÇALVES, José. et. al. Davi, As vitórias e as Derrotas de um Homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

EBD: Lição 11 - O Amor a Deus e ao Próximo

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Leitura Bíblica em Classe
1 Jo 4.7-16


Introdução


João começa com uma exortação apaixonada aos seus leitores de “amar-nos uns aos outros”, uma frase que é repetida três vezes, nos versículos 7,11 e 12. Essa é sua maior preocupação, e as razões para essa preocupação são demonstradas em conexão com essa repetição tripla.  A primeira razão é que o amor está na natureza de Deus; assim, os cristãos devem “amar uns aos outros”. A segunda razão refere-se ao presente de Deus em Cristo; assim, os cristãos devem “amar uns aos outros”. A terceira razão refere-se à atividade presente de Deus em e por meio do seu povo; por esse motivo, também os cristãos devem “amar uns aos outros”. Até este momento, o amor foi visto principalmente como um dever estabelecido entre os crentes. Agora ele é visto como de fato é, uma disposição que parte da natureza divina e que, pela graça de Deus, agora também está em cada cristão.


Amemo-nos uns aos outros


Amar uns aos outros é mais do que uma exortação. Ela flui naturalmente da afirmação de que a caridade (amor) é de Deus. Se um homem tem comunhão com Deus, é nascido de Deus e caminha na luz, invariavelmente amará os outros porque a caridade é de Deus.


Embora João provavelmente esteja se referindo ao amor pela comunidade cristã, o amor pelas pessoas em geral não pode ser excluído. O amor, então, torna-se um teste do nosso relacionamento com Deus. O apóstolo não diz que todo aquele que é nascido de Deus manifesta amor, mas que qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Com isto, “ele certamente não quer dizer que em cada pessoa que sente uma onda repentina de amor emotivo – homem por mulher, mãe por filho – haja um sinal do amor divino, indicando uma vida dada por Deus. Pode haver alguns elos entre as formas mais elementares de amor [...] e o amor divino, mas não é o que o nosso autor está procurando transmitir”. Uma distinção deve ser observada entre o que chamamos de amor natural e amor cristão, embora a diferença nem sempre possa ser prontamente discernida.


Conheci um homem, um incrédulo confesso, que demonstrou ao longo dos anos um amor e devoção à sua esposa doente e inválida que eu nunca vi ser superados no meio cristão. A única resposta para o dilema que essa observação levanta é que esse amor não foi manifesto em nenhuma outra área da sua vida.


Amor Divino


João afirmou diversas vezes que o relacionamento com Deus é um relacionamento de conhecimento (2.4,13,14;3.6;4.7). Em sua afirmação Deus é caridade (amor), ele fala de um verdadeiro conhecimento de Deus, da própria natureza de Deus e não de um conhecimento acerca de Deus. Essa natureza foi manifesta em Jesus Cristo. Ela se manifesta especialmente para conosco (v.9) porque nós a recebemos. Onde não há recepção não há revelação. Aqueles que andam na luz são capacitados a saber que Deus é amor.


O versículo 9 nos mostra que o amor de Deus em Cristo tinha um objetivo. Cristo era o seu instrumento enquanto homem era o seu objeto de contato com o mundo. “Deus amou de tal maneira que enviou seu filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”. Em Cristo, vemos o amor de Deus. Por meio de Cristo experimentamos esse amor. Somente quando o Cristo por nós é realmente o Cristo em nós, exaurimos o significado de Deus (Deus é amor).


O amor de Deus pelo homem não é uma reação ao nosso amor. A resposta é nossa. Nosso amor depende do seu amor e é o resultado desse amor. Em Cristo, Deus amou a estranha criatura pecaminosa chamada homem e reconciliou-se com ele. Na encarnação, Deus não se tornou favoravelmente inclinado ao homem. Isso podia ser alcançado por meios muito mais fáceis e é amplamente demonstrado no Antigo Testamento. Mas ao tornar-se homem, Deus reconciliou o homem consigo mesmo – Ele fez o que o homem não podia fazer.


“Ninguém jamais viu a Deus” (v.12). Isso parece, num primeiro momento, ser uma intrusão na sequência de ideias. O autor está provavelmente advertindo seus leitores a não tentarem conhecer a Deus de nenhuma outra forma exceto de forma que ele está descrevendo. Muitas pessoas têm procurado encontrar a Deus e muitos têm afirmado conhecer a Deus de uma perspectiva mais clara do que na Igreja Cristã. João está dizendo que todas essas tentativas falharam. Podemos aprender algumas coisas a respeito de Deus por intermédio da pesquisa, mas o Pai não pode realmente ser conhecido exceto por intermédio da sua auto-revelação como amor em Jesus Cristo.


Conclusão


Visto que Deus é perfeito e o amor é a sua natureza, em que sentido deve o seu amor se tornar perfeito em nós? A resposta deve ser entendida em relação ao propósito para qual esse amor foi dado. Deus não derrama seu amor em nós para ser consumido por nós. O amor voltado para si mesmo é autodestrutivo. Deus nos ama para que possamos amar os outros. Seu amor em nós é aperfeiçoado quando se torna fraternal (2.5;4.12). Poucas vezes o apóstolo fala do nosso amor por Deus e quando o faz, isso ocorre de maneira indireta (4.10,19,20). Para João, os três aspectos do amor são os seguintes: 1) Deus nos ama; 2) seu amor habita em nós; 3) e amamos os irmãos.


Extraído de:


TAYLOR. Ricahrd S. Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 319 - 320.


BOICE, James Montgomery. As Epístolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 135-136.


Fonte: http://www.cpad.com.br/

EBD: Lição 10 - Os falsos profetas

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Leitura Bíblica em Classe
1 João 4.1-6

Como distinguir as profecias falsas das verdadeiras?

João começa com a declaração de que existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, e com a ordem aos cristãos para que faça uma distinção entre eles. Ao mesmo tempo, ele indica qual é o ponto importante em fazer essa distinção. Não é se o fenômeno sobrenatural está presente, por o Diabo também pode realizar milagres. É uma questão de definir a fonte da inspiração do profeta. Seria Deus? Nesse caso, o profeta é verdadeiro. Se não é Deus, então ele não deve merecer crédito nem ser seguido, independentemente de quão grande seja a sua sabedoria ou de quanto impacto sua atividade provoque.



Quando João diz que muitos falsos profetas virão ao nosso  mundo, não necessariamente está pensando a respeito de sua época. De fato, ele saberia que sempre houve falsos profetas e que o povo de Deus sempre teve a tarefa de distinguir entre aqueles que são de Deus e aqueles que falam da parte de si mesmos ou pelo poder do Diabo.  O Antigo Testamento contém um exemplo magnífico no caso de Micaías e os profetas do rei Acabe, registrado em 1Reis 22. O rei Acabe, de Israel, havia tentado persuadir o rei Josafá, de Judá, a se juntar a ele numa batalha contra a Síria para anexar um pedaço do estado de real, conhecido como Ramote-Gileade, mas Josafá estava inseguro. Ele queria perguntar a um profeta se a iniciativa tinha a bênção do Senhor. Quando expressou esse desejo, Acabe respondeu chamando 400 profetas da corte, que então testificaram: “Sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei” (v.6).



Nesse momento, Acabe ficou Feliz; mas Josafá não estava satisfeito, pois sentiu que aqueles homens eram apenas peões pagos por Acabe com propósitos de propaganda. Josafá perguntou: “Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual  possamos consultar?”(v.7) Acabe admitiu que havia um homem chamado  Micaías, mas disse que o odiava porque nunca tinha profetizado nada de bom dobre si. Mesmo assim, pela insistência de Josafá, aquele profeta impopular foi chamado. De início, o profeta ridicularizou os reis, dizendo exatamente o que os falsos profetas tinham profetizado. Mas todos compreenderam o que ele estava fazendo, e Acabe por fim perguntou: “Até quantas vezes te conjurarei, que me não fales senão a verdade em nome do Senhor?” (v.16).



Micaías responde, conforme Deus o havia instruído: “Vi todo Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm Senhor; torne casa um em paz para sua casa”(v.17). Aquilo foi de modo evidente uma profecia sobre a morte de Acabe, e foi obviamente impopular. Micaías foi preso. Porém, quando estava sendo levado para a prisão, exclamou: “ Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim” (v 28). E mais, ele desafiou todo o povo a registrar aquela profecia.



Aqui está precisamente o problema com o qual João estava lidando em suas igrejas. É a questão a respeito de quem está certo. E existe um teste – um teste muito importante – pelo qual os profetas verdadeiros e falsos podem ser distinguidos: o cumprimento. A profecia de quem se torna realidade? Acabe  será morto? Israel será disperso ou voltará vitorioso? Nesse caso, Micaías foi vingado. É esse o teste que Jeremias dá: “O profeta é que profetizar a paz, somente quando se cumprir a palavra desse profeta é que será conhecido como aquele a quem o Senhor, na verdade, enviou” (Jr 28.9). Ou, para apresentar essa declaração do lado negativo, também existe o teste dado ao povo em Deuteronômio: “Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Dt 18.22).


Mas suponha que a profecia ou um falso profeta se refira a algo que se cumpra. É concebível. Suponha que a profecia seja um modo tão geral ou envolva um material tão didático que simplesmente não possa ser testada desse modo. E aí? Nesse caso, diz Deuteronômio, o profeta deve ser testado observando-se se ele leva ou não o seu povo a servir a falsos deuses. “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e de ter um sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma” (Dt 13.1-3).



Devemos também confrontar a profecia com os princípios bíblicos, se houver divergência, a profecia é falsa. “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).



Extraído de:

BOICE, James Montgomery. As Epístolas de João. Rio de Janeiro: CPAD,2006.

Fonnte: http://www.cpad.com.br/

EBD: Lição 09 - O crente e as bençãos da salvação

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Leitura Bíblica em Classe


1 João 3.6-10



Muitas coisas acontecem na vida do homem que recebe a Jesus como seu Salvador. Ele é salvo dos seus pecados, a salvação o livra da culpa e do poder do pecado. O crente fiel é salvo do juízo, da ira de Deus e da morte eterna. Ele entra em comunhão com Deus, recebe entrada na sua graça e torna-se cidadão do céu.  Por ser salvo, ele tem no coração um lugar para o Espírito Santo agir em sua vida. A salvação dá ao homem uma viva esperança e direito a glória eterna e assim é salvo da ira de Deus.



I - A posição do crente diante do pecado


Mantendo-se regularmente distante do mal, o crente guarda a sua alma. A Bíblia diz repetidamente: “O que guarda a sua alma, retira-se para longe dele [do caminho perverso]” (Pv 22.5); “Não te aproximes da porta da sua casa [do pecado]” (Pv 5.8) se põe em perigo. Quando Pedro seguiu de longe, pôs-se em perigo! (Lc 22.54,55). Por isso é que devemos seguir o Senhor de perto ( Sl 63.8). O crente também deve evitar a companhia daqueles que dão mau exemplo (1 Co 15.33; Pv 22.24; 20.19;Sl 1.1; Js 23.12,13), não devendo impressionar com a maioria, que prosegue para fazer o mal (Êx 23.2). A Bíblia diz: “O alto caminho dos retos é desviar-se do mal” (Pv 16.17).



II - O crente e a sua comunhão com Deus


Andar com Deus é o mais perfeito sinônimo de comunhão com o Pai Celeste. Diz a Bíblia que andou Enoque com Deus. E tão profunda era a intimidade que fruía com o Senhor, que o próprio Senhor, um dia, o tomou para si (Gn 5.24). Vivendo ele numa das era mais ímpias da história da humanidade, não somente andou com Deus como também testemunhou, publicamente, acerca da justiça divina. Sua comunhão com o Senhor, portanto, não era apenas particular; era notória e aberta. Profeta do Altíssimo, condenou toda a sua geração que, irremediavelmente ímpia, recusava o oferecimento da graça divina.


Andar com Deus significa, ainda ter uma vida como  a de Eliseu que, por onde quer que fosse, era de imediato reconhecido como  homem de Deus (2 Rs 4.9). E Abraão? Pelo próprio Deus foi chamado de amigo (Is 41.8).


1.      A meditação na Palavra de Deus


A Bíblia é a inspirada, a inerrante, a infalível, a soberana e a completa Palavra de Deus. Quanto mais lermos a Bíblia, mais sábios tornaremos. Ela orienta-nos em todos os nossos caminhos; consola-nos quando nenhum consolo humano é possível; mostra-nos a estrada do calvário e leva-nos ao lar celestial.


Os crentes que lêem a Bíblia diariamente são mais sábios e acham-se melhor preparados, a fim de enfrentar as lutas e as dificuldades que nos juncam o cotidiano. Faça da Palavra de Deus o seu lenitivo.


2.      Oração


Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o objetivo de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não-salvos, e apresentar-lhe as petições de acordo com a sua suprema e inquestionável vontade (Jo 15.16; Rm 8.26;1Ts 5.18; 1Sm 12.23; 1Jo 5.14). Tiago afirma: “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tg 5.16-18). Estivéssemos  nós conscientes  desta verdade, cultivaríamos ainda mais esta doce e amorosa disciplina da vida cristã. Sem oração jamais haveremos de mover a mão de Deus para que aja sobrenaturalmente, no mundo, por intermédio de seu povo.


3- Jejum


Jejuar, a palavra vem do latim, jejunare, com o sentido da prática do jejum; abster-se de comer, ou abstinência de alguma coisa.


Jejum é abstinência total ou parcial de alimentos durante um determinado período, visando aprimorar o exercício da oração e da meditação. O jejum bíblico não pode ser visto como penitência, mas como um sacrifício vivo e agradável a Deus. Para que seja aceito, deve ser o jejum acompanhado de justas e piedosas intenções.


Mesmo não sendo um mandamento, a prática do jejum é muito salutar para a vida espiritual, como um reforço à oração e súplica, seja de modo sistemático, ou nem momentos em que se faz necessária uma maior contrição diante de Deus. Jesus jejuou. Este é um exemplo marcante. Homens de Deus jejuaram, inspirando-nos a seguir-lhes o exemplo. O jejum físico só tem valor quando a pessoa já vive em jejum espiritual (abster-se e atitudes que não agradam a Deus), na comunhão com Deus.



III - A salvação nos habilita para o serviço cristão


Serviço cristão é o trabalho que, amorosa e voluntariamente, consagramos a Deus, visando a expansão de seu Reino até aos confins da terra, no poder e na unção do Espírito Santo, sem jamais descurar de nossas obrigações assistenciais (At 1.8; Gl 2.10).


O serviço cristão não é apenas prática; é doutrina e teologia; encontra-se fundamentado nas Escrituras Sagradas e na experiência histórica da Igreja. Por conseguinte, nos permitido afirmar: o Serviço Cristão é a teologia em ação.


Se não nos dedicarmos integral, sacrificial e amorosamente ao Serviço Cristão, como nos haveremos ante o Tribunal de Cristo? De casa um de seus filhos, exige Ele que não somente se envolva, mas que se comprometa com a divulgação do Evangelho até aos confins da terra.


Conclusão


O Senhor Jesus foi, em todas as coisas, um singular exemplo. Como seus discípulos, devemos também nos dedicar e seguir seu exemplo.



Fonte: http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_009.htm

EBD: Lição 07 - A chegada do Anticristo

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Dispomos o subsídio teológico para a sétima lição da Escola Bíblica Dominical, aula que se realizará neste domingo (16).




Leitura Bíblica em Classe
1 João 2. 18-26; 2 João 1.7



Introdução:



I.       O espírito do Anticristo no mundo

II.    A pessoa do Anticristo


III. Os Anticristos no mundo




Conclusão:




Palavras-chave: Anticristo



Introdução

Professor, os leitores de 1 João, do primeiro século, viveram nos últimos dias, e nós também. Durante este período, os anticristos aparecerão. Finalmente, pouco antes do fim, um grande anticristo surgirá (Ap 13.19,20). Porém, não precisamos temer estas pessoas perversas. O Espírito Santo nos mostrará seus erros, e assim não seremos enganados. Contudo devemos ensinar a Palavra de Deus, clara e cuidadosamente, aos membros da Igreja do Senhor, especialmente aos mais fracos, de forma que não venham a ser presas para esses ensinadores que “vem”... vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).


I. O espírito do Anticristo no mundo


• Professor, inicie o tópico explicando que o termo “anticristo” pode ser aplicado tanto ao indivíduo como ao sistema que ele representa.


• Curiosamente, a palavra “anticristo” (gr. antichristos) aparece apenas em 1 João 2. 18-22; 4.3 e 2 João 7. O apóstolo João usou-a no singular (“o Anticristo”) e no plural (“muitos anticristos”). João dá a entender que seus leitores haviam ouvido que o Anticristo viria no futuro. Então, ele os surpreende dizendo que muitos anticristos já tinham vindo. João descreve estes anticristos menores como mentirosos que negam que Jesus é o Cristo (2.22). Neste sentido, anticristo é qualquer falso mestre que nega a Pessoa e a obra de Jesus Cristo. Tais mestres são verdadeiramente anti (contrários a) Cristo.


Em 1 Jo 4.1-3, João nos alerta para provar os espíritos e para nos certificarmos de que estes realmente provêm de Deus. Ele nos adverte de que muitos falsos profetas (Gr. pseudo-profeta) “tem saído pelo mundo afora”. São pessoas que não reconhecem que Jesus vem de Deus. Dentro deste contexto, João anuncia que “o espírito do anticristo [...] já está no mundo”.


O Espírito do Anticristo


[...] podemos afirmar, sem medo de errar, que o espírito do Anticristo está em ação. Este espírito anticristão faz todo o possível para rejeitar, negar e questionar a verdade acerca de Jesus Cristo. Ele tem estado em atividade desde o século I d.C., opondo-se ferozmente contra a obra de Jesus na terra.


Os escritores da Bíblia certamente criam que o espírito do Anticristo estava vivo e ativo no primeiro século. Por esse motivo, não lhes causou surpresa a rejeição ao cristianismo, acompanhada de perseguição e até mesmo martírio. Eles estavam convencidos de que a guerra espiritual entre Cristo e o Anticristo já havia começado.


Muitas e remotas referências cristãs ao Anticristo estão presentes no Apocalipse de Pedro, no Didaqué, na Ascensão de Isaías e na epístola de Pseudo-Tito. Também vemos tais referências nos escritos de diversos pais da igreja, como Irineu, Jerônimo e Hipólito. Irineu, que estudou com Policarpo — que, por sua vez, fora discípulo do apóstolo João — , disse que o Anticristo viria como “um apóstata”, personificando a “apostasia satânica”.


Desde o início da era cristã, os crentes sempre estiveram convictos de que um governante mundial, a encarnação de Satanás, em algum momento surgiria. Apocalipse 12,13 apresenta uma “trindade profana” que reúne Satanás (corresponde ao Pai), o Anticristo (corresponde ao Filho) e o Falso Profeta (corresponde ao Espírito Santo). O verdadeiro poder por trás do Anticristo é, portanto, Satanás. O “pai da mentira” é a origem do engodo que condenará multidões ao juízo de Deus (2 Ts 2.11).


II.    Os Anticristos no mundo


O espírito do Anticristo está vivo e em ação. Trata-se da expressão está vivo e em ação. Trata-se da expressão, inspirada por Satanás, de desrespeito e rebeldia contra Deus, contra as coisas de Deus e contra o povo de Deus. Tal espírito está vivo desde que Satanás rondou o jardim do Éden. Ele tem sido a força motriz por trás de toda terrível história da raça humana: guerras, assassinatos, assaltos, estupros, etc. Estas são as repugnantes expressões da natureza destrutiva do próprio grande enganador.


Os autores do Novo Testamento nos asseguram que o espírito do Anticristo já agia em sua época, isto há quase vinte séculos. Ele continuou ativo ao longo de toda a história da Igreja, expressando-se em perseguições, heresias, enganos espirituais, falsos profetas e falsas religiões. Satanás vem combatendo a Igreja a cada passo, esperando pelo momento certo para habitar a pessoa certa — o Anticristo — em sua derradeira obra-prima.


Entretanto, conjecturar-se se certas figuras da atualidade seriam ou não o Anticristo não leva a lugar nenhum. Apenas no século XX, vimos algumas especulações fantásticas e incorretas. Todas são visualizações do futuro a partir do presente. Cada um padece da mesma deficiência: são sempre tentativas incertas baseadas em uma perspectiva limitada. Tragicamente, tais pessoas que propõem datas e apontam possíveis Anticristos afirmam saber mais do que os próprios autores das Escrituras.


O apóstolo Paulo comenta a respeito disso em 2 Tessalonicenses 2.1-12, quando nos diz que o “Dia de Cristo” não virá “sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado”. Em seguida, ele declarará: “vós sabeis o que detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado” (v.6). Somente após o arrebatamento da Igreja, será revelada a identidade do Anticristo. Em outras palavras, você não quer saber quem ele é. Se algum dia você descobrir quem ele é, significa que foi deixado para trás!


A cada geração, Satanás precisa preparar um homem para ser sua maior realização. Não se surpreenda, portanto, com diversos candidatos aparecendo no horizonte da história humana apenas para desaparecerem logo adiante. Satanás precisa esperar o momento definido por Deus, de forma que ele está derrotado antes mesmo de iniciar seu ataque final. Ele continuará impelido de agir até que Deus retire o poder que o detém; a saber, o Espírito Santo que habita a Igreja. O Espírito, portanto, é o agente; a Igreja, o meio. Dessa forma, Deus retém o plano diabólico de Satanás até que o Pai nos chame para estar com Ele nos céus.


Nesse meio tempo, Satanás aguarda sua oportunidade de arruinar o mundo inteiro e o plano supremo de Deus. Ele pode ser um adversário derrotado, mas está decidido a lutar até o fim. Mesmo agora, segue em frenética atividade, buscando o homem correto para ser o Anticristo.


• O anticristo será o mais notável líder político que o mundo já conheceu. Ele aparentará ser o epítome da inteligência e do poder humano. Artuhur W. Pink escreve: “Satanás teve todas as oportunidades de estudar a natureza decaída do homem [...] O diabo sabe muito bem como deslumbrar as pessoas com a sedução do seu poder [...] sabe como satisfazer a sede de conhecimento [...] Podemos nos deleitar com músicas e deliciar nossos olhos com belezas arrebatadoras [...] sabe como exaltar as pessoas ao píncaro da glória e da fama, para, em seguida, usar esta fama contra Deus e seu povo” (Pink, p.77).


Veja a lista abaixo de características do Anticristo, tais quais estão relacionadas nas Escrituras:


1.      Intelectualmente poderoso (Dn 7.20).


2.      Orador impressivo (Dn 7.20).


3.      Mestre político (Dn 11.21).


4.      Possuidor de grandes habilidades comerciais (Dn 8.25).


5.      Gênio militar (Dn 8.24).


6.      Perito administrador (Ap 13.1,2).


7.      Experto em religião (2 Ts 2.4).


Conclusão


Aquele que é chamado de antichristos (“anticristo”) se opõe a Cristo, enquanto que o pseudochristos (“falso Cristo”) afirma ser o próprio Cristo.  A descrição bíblica mostra que ele é ambos. Inicialmente, ele se apresenta como o “salvador” da nação de Israel, firmando uma aliança para protegê-la (Dn 9.27). Dessa maneira, ele aparece ser o messias há muito aguardado. Na verdade, porém, ele se opõe a todas as profecias acerca do verdadeiro Messias.


• Professor, você pode reproduzir a tabela abaixo no quadr-de-giz. Explique aos seus alunos que o contraste entre Cristo e o Anticristo demonstram que ambos são completamente opostos.





















































CRISTOANTICRISTO
A VerdadeA mentira
O SantoO iníquo
Homem de doresHomem de pecados
Filho de DeusFilho e Satanás
Mistério de DeusMistério da injustiça
Bom PastorPastor inútil
Exaltado nas AlturasLançado no inferno
Humilha-se a si mesmoExalta-se a si mesmo
DesprezadoAdmirado
Purifica o temploProfana o templo
Deu a vida pelas pessoasMata as pessoas

Fonte: http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_007.htm


Saiba mais:


Eis o GRÁFICO DE ESCATOLOGIA BASEADO NAS 70 SEMANAS DE DANIEL


Para ampliar clique na imagem.





[caption id="" align="aligncenter" width="277" caption="Gráfico de Escatologia"]https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAZsTWYLG1oRnYwMFudS6zu8rLHIk4V7ujdUdCwI6fDJZqP-1RdRHh4fI9El0_EocrDVverIzzih-gzwQecGFnJs2fIrO16oAro3Oea7mwGE5Ii_ZU-kzJghUNjYd9xcEfdY-Tr8_d_3o/s1600-h/semdaniel.jpg[/caption]

EBD: Lição 06 - O Sistema de Viver do Mundo

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A partir deste sábado estaremos disponibilizando semanalmente o subsídio adicional para as aulas de Lições Bíblicas Mestre.








Lição 06 - O Sistema de Viver do Mundo
Leitura Bíblica em Classe
1 João 2. 15-19; João 15.18,19

Introdução:



I.  O que é o mundo?

II. Como o cristão deve viver neste mundo
Conclusão:


Palavras-chave: Mundo

Introdução

Professor, aqueles que almejam o alto padrão da vida cristã descrito por João não devem amar o mundo e o que no mundo há (v. 15). Fomos chamados a viver uma vida separada deste mundo, com objetivos infinitamente mais nobres que honram o nome do Altíssimo, que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).

I.O que é o mundo?

• Professor, inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “O que é o mundo?” Explique aos alunos que “mundo é o sistema de vida que foi estabelecido pelo homem não regenerado debaixo da influência do mal”.

• A palavra grega Kosmos,  quando usada no sentido teológico, diz respeito à ordem ou organização da sociedade humana como um sistema deformado pelo pecado, superficial, envolto num turbilhão de crenças, desejos e emoções. O mundo é antagônico a Deus (Cl 2.20; 1 Jo 2.16) e está sob o comando de Satanás (1 Jo 5.9).

II.Como o cristão deve viver neste mundo

Os cristãos não devem amar o mundo. A primeira razão por que os cristãos não devem amar o mundo ou as coisas que estão nele é que o amor pelo mundo e o amor pelo Pai são incompatíveis. Deus se coloca contra os pecados e os valores do mundo. Consequentemente, é impossível amar e servir a Deus, e ao mesmo tempo amar aquilo que Ele odeia e a que se opõe. O crente ama a Deus? Então precisa servir-lhe, Como Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (Mt 6.24).

A verdade dessa declaração se torna ainda mais evidente quando a natureza do sistema mundano é analisada, como João agora faz, em três expressões curtas e memoráveis: “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”.

Como João usa a expressão, pode ser que “a concupiscência da carne” refira-se aos desejos pecaminosos que brotam da natureza carnal do homem. Aqui podemos pensar sobre os pecados mais terríveis. Porém nos escritos de João, como em toda a Escritura, “homem pecador” ou “carne” usualmente têm conotação mais ampla, pela qual se refere a toda a natureza humana que está separada da graça de Deus em Cristo Jesus. Assim, é mais provável que “carne” seja compreendida de uma forma mais ampla neste contexto. Nesse caso, a expressão se referia a todos os desejos que excluem a Deus.

Claramente, não precisamos pensar sobre isso como se referindo em particular aos pecados mais hediondos, embora sejam parte do contexto. Em vez disso, podemos incluir toda a atividade que seja antagônica a Deus e insensível às necessidades dos outros.

A segunda expressão refere-se naturalmente à cobiça. Mas, outra vez, deve ser entendido num sentido mais amplo do que um simples desejo de possuir coisas. A “concupiscência dos olhos” certamente se refere ao desejo de “querer sempre mais” no que se refere à aparência da casa, ao segundo carro, à casa de campo e outras considerações materiais.

[...] Por fim, o mundanismo aqui é caracterizado como “o exagero daquilo que ele tem e faz”. A qualidade única dessa frase está não só em evitar os exageros, mas em excedê-los. Essa característica, que é a mais difícil das três, provavelmente é a mais súbita, pois é fácil ver com que rapidez uma ambição pode se tornar um tipo de orgulho que leva o indivíduo a se gloriar não em fazer o bem mas em ser melhor do que o próximo.

[...] A segunda razão por que o cristão não deve amar o mundo é a que fecha a passagem. É que tudo o que está no mundo é transitório e, assim, leva à destruição. O mundo é passageiro, João declara. Passageiros também são seus valores e aqueles que são caracterizados pelos seus valores. Que estupidez, então, dirigir as esperanças para o sistema mundano, por mais atraente ou recompensador que possa parecer.

Mas nada permanece? Sim, diz João. Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. O objeto de seu amor, mesmo o Pai, permanece para sempre. Seu amor, tendo sua fonte em Deus, permanece para sempre. Suas obras, sendo um aspecto da obra de Deus, permanecem para sempre, pois ele é o possuidor de vida eterna e herdeiro de todas as riquezas de Deus em Cristo Jesus. A conclusão é que os cristãos deveriam amar a Deus e servir-lhe com fervor.

• Vv. 15-17. As coisas do mundo podem ser desejadas e possuídas para os usos e propósitos que Deus as concebeu, e devem ser usadas por sua graça e para sua glória; porém, os crentes não devem buscá-las nem valorizá-las para propósitos em que o pecado abuse delas. O mundo aparta o coração de Deus, e quanto mais prevalecer o amor ao mundo, mais decairá o amor a Deus. As coisas do mundo são classificadas conforme três inclinações reinantes na natureza depravada:

1.      Concupiscência da carne, do corpo: os maus desejos do coração, o apetite de satisfazer-se com todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres sensuais.

2.      A concupiscência dos olhos: os olhos deleitam-se com as riquezas e com as ricas propriedades; esta é a concupiscência da cobiça.

3.      A soberba da vida: o homem vão anseia a grandeza e a pompa de uma vida de vanglória, o que compreende uma sede de honras e aplausos. As coisas do mundo se desvanecem rapidamente e morrem: o próprio desejo desfalecerá e acabará dentro de pouco tempo; porém o santo afeto não é como a luxúria passageira. O amor de Deus nunca desfalecerá.

Muitos esforços vãos têm sido feitos para encobrir a força desta passagem com limitações, distinções ou execuções. Muitos têm procurado mostrar o quão longe podemos ir estando orientados carnalmente e amando ao mundo, mas é difícil equivocar-se a respeito do evidente significado destes versículos. A menos que esta vitória sobre o mundo comece no coração, o homem não tem raízes em si mesmo e cairá ou, na melhor hipótese, será um professor estéril. De qualquer modo, estas vaidades são tão sedutoras para a corrupção de nossos corações, que se não vigiarmos e orarmos sem cessar, não poderemos escapar do mundo em alcançar a vitória sobre o seu deus e príncipe.

Conclusão

Amamos e servimos a Deus com fervor? Então precisamos nos afastar de tudo aquilo que pode nos separar desse amor e do nosso serviço a Ele. Quando Jesus chamou homens para serem seus discípulos, desafiou-os com as palavras “sigam-me”. Isso significava que eles teriam que deixar suas redes ou mesas de dinheiro ou qualquer outra coisa que estivesse ocupando sua atenção e tempo até aquele momento. De igual modo, quando somos chamados para abraçar a verdade do evangelho, precisamos rejeitar o erro. Quando somos chamados para a retidão, precisamos nos desviar do pecado. Quando somos chamados para amar a Deus, precisamos nos afastar de todos os amores e lealdades inferiores.



Fonte: http://www.cpad.com.br/paginas/sub_licao_006.htm